Bruno Grilo membro aip em "Erro 404"

13 abril 2024

Título:
ERRO 404 - RTP1 Segundas Feiras às 21h e RTP Play.

Realização: Patrícia Sequeira
Produção: Santa Rita Filmes

Poster 70x100 Final cmyk

 

 

          Sinopse da série:
          Rita acabou de perder a melhor amiga e companheira de casa. Está triste, desmotivada e apática, quando descobre no telemóvel uma  aplicação que lhe permite viver a vida de outras pessoas. A precisar de mudar algo na sua vida, decide instalar a Appy e embarcar nas várias experiências que a aplicação tem para lhe oferecer. Porém, Rita não percebe que os erros da aplicação ainda em fase experimental, provocarão consequências irreparáveis na sua vida. 

 

Tony Costa: Quais foram as diretrizes que te foram postas pelo guião e pela realização para a abordagem estética do filme
Bruno Grilo: Ao ler o guião o que me saltou à vista de imediato foram os diferentes ambientes e personagens que a história nos traz. No entanto, a Patrícia Sequeira fez questão de salientar desde início que este era uma série que precisava de um look realista com que as pessoas se pudessem relacionar enquanto espectadores. Apesar do tópico de uma app em que podemos mudar de vida estar próximo de algo considerado ficção cientifica, a minha abordagem acabou por ser o mais invisível possivel. Apesar de no início me sentir muito motivado por um look mais estilizado sempre que a Rita entrasse numa nova vida, acabei por assumir um look muito natural na maior parte do filme, pontuado por momentos um pouco mais estilizados, sempre justificados pelos ambientes por onde a acção se desenrola.

 

1

TC: Que equipamentos usaste? E explica porquê.
BG: Em termos de equipamento de câmara, decidi escolher um setup bastante simples e versátil. Por termos 80% da série filmada com câmara solta (ao ombro e à mão) escolhi uma Alexa Mini pela sua leveza. Em termos de lentes escolhi um set de Zeiss Ultraprimes, pelo seu look equilibrado entre suavidade e contraste e que me permitiu obter o maior numero de texturas usando filtros de difusão. O equipamento veio do Hugo Albuquerque que foi sempre muito prestável na altura de agilizar material e soluções.

2

TC: Nomeia a tua equipa de assistentes/iluminadores/maquinistas e colorista
BG: Na equipa de câmara
Na Imagem estive com a Silvia Diogo como primeira assistente, o António Silva como segundo e o Carlos Costa no vídeo. Na Iluminação trabalhámos com uma equipa mista em que o João Carlos Aguiar (Musga) foi o chefe electricista e o Fábio Alas o nosso maquinista que se juntou a nós em dias específicos. Os assistentes que estiveram connosco foram o Gonçalo Aguiar, João Gabriel, Fernando Cerqueira e Eduardo Piteira. Os coloristas foram o Paulo Inês e o Pedro Silva na Lightfilm.

7

TC: Quanto tempo tiveste de rodagem?
BG: A rodagem aconteceu entre Março início de Maio do ano passado (2023). Filmámos durante 38 dias divididos entre 7 semanas e meia. O que na prática resultou em quase um quase um episódio por semana.

10

TC: Há algum plano no filme que pretendas destacar? Quer pela técnica ou pela luz.
BG: Não é minha prática focar-me em planos específicos quando toca em projectos de ficção, no entanto é inevitável ter alguns planos favoritos em 360 minutos de narrativa.
Há alguns planos que se destacam de várias formas e me saltam à memória.  Gosto sobretudo dos planos-sequência em que fizemos uma coordenação mais preparada entre o movimento de câmara e o movimento dos actores. Há outros planos em que acabam por sobressair pelo grafismo e conjugação entre a direcção de fotografia e o departamento de arte.

3

TC: Usaste high Key ou Low Key effect na série?
BG: Acho que usei um pouco de ambas. Penso que me adaptei sobretudo aquilo que as cenas pediam mais do que seguir um estilo. As cenas mais High key ficaram para a vida da Rita em que há uma normalidade mais evidente. E em determinados momentos em que a personagem principal se viu em situações mais surreais depois de entrar na app, senti que podia ir um pouco mais além e low key pela justificação narrativa e emocional das situações.

9

TC: Alguma coisa a acrescentar?
BG: Este foi o meu primeiro projecto longo em ficção e por conseguinte foi também o projecto onde pude contactar mais de perto com o trabalho de personagem que é feito pelas actrizes e actores que contracenaram no projecto. Foi um privilégio poder observar de perto tantos destes profissionais incríveis e passar tanto tempo tão próximo deles. Por termos uma linguagem de câmara ao ombro/mão, a minha proximidade com estes foi ainda maior do que se tivesse adoptado uma linguagem mais estática, o que me permitiu estar ainda mais sensível ao seu trabalho e presença no set.

 


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