João Gaspar deixa uma enorme marca em mais de 300 filmes em que colaborou. O seu desaparecimento chocou a todos e deixa um enorme vazio na nossa micro-indústria. Ele era praticamente a única pessoa na especialidade de coordenação de duplos e de rigging. Sabemos que há mais uma ou duas empresas na mesma área, mas durante muitos anos João Gaspar foi a única referência. Deixa aos seus colegas a imagem da sua bondade e da sua constante disponibilidade para cooperar. Meticuloso no seu trabalho, a sua atuação foi marcada pelo cuidado constante com as condições de segurança das equipas de filmagem. É com grande tristeza que anunciamos este acontecimento e expressamos as nossas mais sentidas condolências à sua companheira de sempre Teresa Leal, a quem abraçamos carinhosamente neste momento de tristeza.
Depois de trabalhar em diversas rodagens como câmara e iluminação, João Gaspar fundou uma empresa de duplos e cenas de ação e, como seu coordenador, combinou as duas atividades que mais gostava: cinema e atividade física/escalada.
Desde 1996 e ao longo da sua carreira participou em mais de 350 projetos em cinema, televisão, publicidade e espectáculos, tais como as longas-metragens “A Bomba” (2002), “Atrás das Nuvens” (2007), “Um Amor de Perdição”(2008), “Linhas de Wellington” (2012), “Até Nunca Mais” (2016), “Soldado Milhões” (2018), “O Grande Circo Místico” (2018), “Alma Viva” (2022), “Restos do Vento” (2022, “Campo de Sangue” (2022),“Nunca Nada Aconteceu” (2022),“Pôr do Sol: O Mistério do Colar de São Cajó” (2023), “O Bêbado” (2023) e “Revolução (Sem) Sangue” (2024) ou as séries televisivas “Agora ou Nunca” (1996) , “Senhores Doutores” (1997), “Fala-me de Amor” (2006), “Paixões Proibidas” (2006-2007), “Equador” (2008), “Mar de Paixão” (2010), “A Espia” (2020), “A Rainha e a Bastarda” (2022), “Cavalos de Corrida” (2023), “Lúcia – A Guardiã do Segredo” (2023), “Codex 632” (2023).
À toda a família, amigos e colegas, os nossos mais sinceros sentimentos.